segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Piscina Municipal da Boavista

in Carmo e a Trindade

in Público.




À semelhança do que acontece com a Piscina do Alvito, em Alcântara, o equipamento nunca chegou a ser estreado, mas a autarquia já anunciou que a abertura será no próximo mês
A Piscina Municipal do Bairro da Boavista, em Lisboa, cuja construção está concluída há três anos, encontra-se ainda encerrada ao público. A situação é "grave", descreve o vereador Pedro Feist (Movimento Cidadãos com Carmona), pois o equipamento encontra-se "em degradação" sendo alvo de "vandalismo", facto confirmado pelo departamento de desporto da câmara. Não sendo situação nova na capital, este caso junta-se ao da Piscina Municipal do Alvito, em Alcântara, também pronta, mas encerrada. Há agora uma diferença entre ambos: a câmara anunciou que a piscina da Boavista deverá abrir no próximo mês.





Processo controverso"A piscina foi construída após um processo bastante controverso, e ainda durante a fase de projecto", adianta a autarquia. O plano inicial, do departamento de desporto, não contemplou a cobertura da piscina, sendo retomado pela Direcção Municipal de Projectos e Obras, que o concluiu e lançou a obra.As dificuldades não ficaram por aqui e, após a recepção provisória do equipamento, em 2006 e depois de 900 mil euros gastos, verificaram-se lacunas nas obras, "umas por não estarem contempladas no projecto, outras por estarem erradas". Situações como a não existência de ramais de comunicações e circulações não permitidas entre o pavilhão e a piscina, explica a autarquia. De acordo com a edilidade, o processo de resolução dos problemas decorreu até Maio de 2008 devido "às dificuldades em responsabilizar o empreiteiro".Opinião contrária é a de Pedro Feist. Para o vereador, que ao tempo dos factos tinha o pelouro do Desporto, "o problema colocou-se na gestão do equipamento" que deveria ter sido entregue à gestão de dois clubes do bairro - o Social e os Águias - aos quais foi sugerida uma fusão que nunca chegou a realizar-se. "Foi feita uma sede conjunta para estes clubes, mas como não se fundiram ficaram sem a gestão de todo o equipamento, que inclui a piscina, o complexo desportivo e um campo de futebol", diz Feist.Para o vereador, o impasse deverá ter durado "três anos". E sendo aquele um "bairro problemático", foi tomada a decisão de dar o nome de Maniche ao complexo, "um filho da terra, de modo a que fosse o sentimento a fazer com que o local fosse protegido do vandalismo". O que não resultou. O passo seguinte foi sugerir uma empresa municipal de gestão, o que ficou "em águas de bacalhau", lamenta o vereador.A autarquia diz que a piscina está abrangida pelo Programa de Apoio à Natação da autarquia, o qual "contempla a possibilidade de ser atribuída a gestão do plano de água a instituições do movimento associativo que apresentem projectos de desenvolvimento da natação em instalações desportivas municipais". De acordo com o departamento de desporto, "decorrem negociações com um grande clube de natação da área envolvente, no sentido de estabelecer as bases de um protocolo que permita a gestão desportiva da piscina. "



Comentário: De facto, seria interessante que o Executivo tomasse devida nota deste problema e o procurasse resolver quanto antes. De resto, o vereador Pedro Feist já levantou a questão.

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