Lisboa e a importância dos autarcas em Portugal
É já um lugar comum afirmar que as cidades são fortemente influenciadas pela globalização. Por maioria de razão cidades como Lisboa são, em rigor, actores essenciais nesse processo multidimensional que toca todos os sectores da governação da cidade: Ambiente, Educação, Saúde, Urbanismo, Mobilidade, etc...
Também é na cidade que coexistem elevados índices de riqueza e de pobreza, é aí que os contrastes entre os portugueses são maiores e mais evidenciados. Portanto, o papel das cidades assume um grande significado social e político. Ora Lisboa, não foge à regra, é uma cidade-global, caracterizada por grandes graus de desigualdade entre as pessoas. Um dos objectivos dos autarcas é, naturalmente, governar a cidade com o objectivo de diminuir esse fosso existente entre ricos e pobres, os have e os have nots, aproximar as pessoas pelo seu nível de educação e de bem-estar social e económico. Daí dizer-se que as cidades são agentes políticos e económicos cuja missão é resolver problemas globais na cidade (e não apenas regular o trânsito ou disciplinar o urbanismo), sobretudo aqueles que o Estado - por estar mais distante e não ter vocação - não consegue resolver. As cidades são, deviam ser, actores com finalidades múltiplas: contribuir para a produtividade e competitividade da nação, promover a integração social e cultural e servir como ponte entre a actividade social, cultural e económica entre pessoas, empresas e organizações em geral. Lisboa, por ser a capital e se ocupar da elaboração de planos estratégicos a fim de promover a malha urbana e renovar o perfil da cidade - posiciona-se como um actor de 1ª ordem nesse desenvolvimento social e económico. Talvez seja por essa razão que os presidentes das Câmaras em Portugal, de forma crescente, se estão a tornar em importantes forças políticas. Não apenas na produção das agendas urbanas, mas também como vectores essenciais na definição de verdadeiras políticas nacionais. O que procuro sublinhar com toda esta "lenga-lenga" é que uma cidade só o é verdadeiramente se ela se conseguir pensar a si mesma e, ao mesmo tempo, valorizar o País como um todo.
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